DEPOIS DE VOCÊ❣

janeiro 16, 2017







  Autora: Jojo Moyes
  Tradutor: Adalgisa Campos da Silva
  Ano: 2016
  Páginas: 318
  Editora: Intrínseca
 ★★★★★  

O
utra história antecede esse livro, é uma continuação, portanto para quem ainda não leu o primeiro, deixarei o link a qual eu falo a respeito: Como eu era antes de você de Jojo Moyes.”.

Agora podemos partir do princípio, já que estamos situados no contexto.
Há quatro pontos que eu gostei.
Primeiro: Uma “quase morte”, bem cômica por sinal.
Segundo: Aparição da suposta filha de Will, (pasmem).
Terceiro: “Boymagia” para animar a vida do ser humano.
Quarto: A mudança na forma de pensar e agir da mãe de Lou, que é divertidíssima. 

Então, vamos lá.


Louisa sofre um acidente em seu próprio apartamento, se machucando de forma bem fatal a qual a deixa em um hospital durante alguns dias, assustando todos os seus familiares. Com esse acontecimento, depois de sua recuperação em sua cidade natal, seu pai exige que ela frequente um grupo de ajuda para quem perdeu seus entes queridos, ele acha que ela tentou se suicidar e não superou a morte de Will ainda.
E realmente não superou seu espirito e seu jeito de ser mudaram desde que Will se foi, como se uma breve nuvem escura a absorvesse, e essa nuvem não fosse dar trégua.
Claro, esse eufemismo é para dizer que ela estava entrando em depressão e não percebia, ela estava sem objetivo, sem vontade para lutar pelo seu futuro, e se percebia, estava ignorando os fatos.
E mesmo relutando com a ideia do grupo de ajuda, ela acaba gostando. Ao frequentar, ajudou expor seus problemas e ter um circulo de amizade.
Mesmo com esse singelo passo, ela era muito contida ainda, sentia falta de alguém a quem confiar.
Ela trabalhava em um bar próximo ao aeroporto, sentia se infeliz com a situação, mas não fazia nada para mudar. Aceitava a condição que viesse.
Sua rotina era a mesma, entediante.
Então algo inesperado acontece, surge em sua porta a suposta filha de Will que revira sua vida de ponta cabeça. Responsabilidades começam a surgir, pois Lou começa exercer um papel importante para essa adolescente conturbada, assume uma posição de mãe, irmã, amiga e tudo junto em um só. É engraçado porque isso ocorre de uma maneira natural e repentina.
No início é interessante o modo como ela aceita esse desafio de ajuda a garota, mas ela leva esse papel como uma obrigação, de recompensar sua falha de não ter convencido Will a viver. Isso foi me irritando, pois parecia uma obsessão para suprir esse sentimento de vazio, essa situação mal resolvida de si mesma. E nessa brincadeira ela acaba perdendo uma oportunidade única de mudar sua vida. Nathan que era o enfermeiro de Will, a indica para um emprego em New York como auxiliar de uma senhora a qual ele cuida, devido as circunstância e o dever com a nova inquilina, ela acaba recusando.
Isso torna ambas próximas, pois Lily, a herdeira do gênio forte de seu pai, é uma jovem problemática com um histórico familiar lamentável, e tudo que procura é um lar a qual pertença e se sinta especial.
Então tem um anseio de querer saber tudo sobre o seu pai, quem ele era, as manias, o jeito como lidava com a vida, se ele seria um pai protetor, se a amaria. Ela tenta buscar isso, como uma oportunidade de encontrar uma família que a ame e dê tudo que ela precise, não financeiramente, pois sua mãe é rica, mas ela busca atenção, carinho e alguém que a acolha.
E quem seria ideal para mostrar esse lado de Will, se não sua cuidadora?!
Sem perceber ela traz a tona sentimentos a qual Clark guardará no fundo do baú da alma e dos quais fugia.
Como Lily é virada no Jiraya vai causar diversos problemas, em contrapartida vai ensinar muito sobre a vida e mudar o jeito de Lou em lidar com as situações e probleminhas banais. Mostrará que ela precisa se permitir amar e não se culpar tanto em ser quem ela é, em falhar.
E nessa altura do campeonato apresenta Lily a família Traynor, o que no início foi um choque a eles, mas conforme as situações, demonstram desejo por estar com um pedacinho de seu filho que vive.
Eu poderia me estender e falar sobre o “Boymagia”, mas esse romance, vocês irão gostar de descobrir aos pouquinhos. Bom, posso dizer que é bem divertido o modo como eles se conhecem e interagem, a confusão que Lou causa e as conclusões precipitadas que ela tira, enfim, é um contexto bem gostoso de ler.
Josie (mãe de Lou) é uma figura, ela começa a se tornar feminista e então as regras dentro de casa mudam, não exatamente assim, mas as mudanças que causam nela repercutem para o contexto familiar todo.
É bem engraçado, se deliciem!

A obra em si é bem singela, os temas que Jojo abordou podem ser intensos e de uma natureza triste, mas ela soube simplificar e deixar natural.
Nunca estamos preparados para perder alguém, é de extremo vazio quando acontece e precisamos tirar forças de onde achamos não existir.
E é justamente essa visão que ela tentou nos mostrar, como lidar com a perca e se permitir viver, seguir a vida. Pois quem fica é quem sofre.
E Louisa ao conviver com Lily precisou reviver em si um sentimento que estava apagado, mas que revigorou com maior paixão e a preparando para prosseguir sua caminhada.
Esse livro é para que conheçamos esse lado da dor e a marca.

Eu não costumo criar tantas expectativas, afinal de contas acho perigoso, já que decepção é um prato cheio nessa vida.
Ela enquadrou toda a situação de uma forma perspicaz, ela conseguiu capturar minha atenção até o fim e cogito que de muitos outros leitores, é uma obra instigante acompanhado de uma simplicidade na escrita. Talvez o fato de ter criado certa idealização foi prejudicial, porém eu não senti aquela intensidade e o desenrolar já era algo esperado, aliás, o primeiro já fez todo sucesso, então creio que era apenas um parecer para o público.
E por esses motivos 3 estrelinhas.


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Toda e qualquer cópia é proibida sem os devidos créditos.

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